Cerca de quatro milhões de pessoas sofrem de Visão Subnormal (também conhecida como baixa visão). É o que afirma o Relatório do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. O problema acontece quando óculos comuns, lentes de contato ou implantes de lentes intra-oculares não conseguem dar uma visão nítida à pessoa.
O mal não deve ser confundido com cegueira, pois por meio de alguns recursos é possível a execução de tarefas rotineiras e até leitura de materiais impressos. “O paciente tem 20% ou menos da visão considerada normal e pode apresentar alteração do campo visual com ausência ou diminuição da visão periférica. É como se a pessoa estivesse olhando por dentro de um tubo quando há a tentativa de fixação do olhar em um objeto”, afirma a oftalmologista Celina Tamaki.
Apesar de mais frequente entre idosos, a Visão Subnormal pode acontecer em qualquer idade. Em crianças, a reversão é possível com programas de estimulação visual precoce.
O número de portadores tende a aumentar, tanto pela maior expectativa de vida da população quanto pela não-existência de cura para a mais frequente das doenças que provocam visão subnormal: a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) do tipo seca. A baixa visão também pode ser provocada por doenças como diabetes, descolamento de retina, glaucoma, catarata e traumas oculares.
Sintomas da Visão Subnormal
O paciente com Visão Subnormal apresenta: dificuldade na leitura (do dia a dia, na escola, no trabalho); dificuldade em reconhecer faces (principalmente detalhes) e dificuldade na locomoção (campo visual com alterações). Além disso, ele ainda apresenta dificuldade em realizar tarefas visuais específicas. Tais como trabalhos manuais, atividades de lazer como jogos de cartas, etc.
“A reabilitação não recupera o que foi perdido. No entanto, ela pode maximizar a visão residual, com a adaptação e treinamentos para perto e para longe. O objetivo é manter ao máximo a independência e a qualidade de vida do paciente”, explica Celina.
Os equipamentos para auxiliar pessoas com Visão Subnormal podem ser:
Ópticos
Há, basicamente, cinco tipos: óculos com lentes de alto grau (bem mais fortes do que as regulares), lupas de mão, lupas com apoio, telescópios e CCTV (closed circuit TV - um sistema de câmera de televisão acoplada a um monitor que tem por finalidade ampliar o texto focalizado pela câmera).
Não ópticos
Material ampliado, luminárias de mesa, material com alto contraste, apoio de leitura entre outros;
Eletrônicos
Programas de informática de ampliação e sistemas de magnificação eletrônica.
Fonte: Assessoria de Comunicação Hospital de Olhos Paulista
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